"Maternidade Atípica” – uma jornada de amor, aceitação e crescimento. Um presente para mães batalhadoras
- Ions Med
- 10 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de abr.

A conceituada Editora Literare Books Internacional lançou o livro - “ Maternidade Atípica” – uma jornada de amor, aceitação e crescimento. Já no prefácio, a Dra. Mariana Espíndola, neuropediatra, pontua que a mãe escritora entrega afeto à mãe leitora e, neste sentido, o livro torna-se um instrumento valioso ao responder e compartilhar dúvidas e angústias e oferecer informações, orientações e dicas para amenizar a trajetória dessas mães.
Organizado pela psicopedagoga e educadora emocional – Késia Oliveira, o livro é um convite para conhecer a experiência de dezenas de mães, que têm filhos especiais, com condições distintas, numa jornada envolvente, tocante e emocionada, que descortina histórias desafiadoras numa sociedade, muitas vezes, marcada pela desesperança, solidão, preconceito e abandono.
Um mundo povoado por bilhões, mas com muitas famílias e pessoas isoladas, sob vários aspectos. Recente e dramático caso, que alcançou a imprensa internacional foi o do famoso e milionário ator – Gene Hackman e sua esposa, encontrados mortos na luxuosa residência, fato que escandalizou a sociedade. Neste aspecto, uma das autoras deste livro, traz à discussão o caso de uma mãe de 39 anos, do estado de São Paulo, que morava sozinha com seu filho autista não verbal. O corpo dela só foi encontrado 12 dias depois e o menino, sozinho, vagueando pela casa, alimentado pelo último lanche que a mãe preparara. Anos antes, em Minas Gerais, uma mãe de 56 anos e seu filho tetraplégico também foram encontrados somente alguns dias depois da morte. E daí o questionamento - com que frequência isso acontece entre os anônimos? Que sociedade é essa que não cuida dos seus?
São histórias de mães com formação acadêmica diversificada – administradoras, psicólogas, empresárias, educadoras, publicitárias, fonoaudiólogas, pedagogas, jornalistas, assistentes sociais, escritoras; enfim, uma seleção de mães bem formadas e informadas, que têm muito a ensinar e que lutam por uma sociedade mais inclusiva, empática e solidária.
Fica exposta a montanha russa de emoções e desafios neste processo, a longa trajetória percorrida por mães solo e solitárias, em que a rede de apoio é luxo para a maioria. Algumas compartilham a angústia experimentada na busca de um diagnóstico para o seu filho. O livro apresenta o relato dramático e comovente de uma mãe que precisou consultar 40 profissionais até a obtenção do diagnóstico correto. Quando isso é alcançado, a mãe tatua o nome dos profissionais no seu próprio corpo, num gesto de gratidão eterna.
Num capítulo à parte, a perspectiva jurídico-médica é apresentada por um neuropediatra e uma advogada, pesquisadora da área de direitos humanos. São apresentadas estratégias administrativas, judiciais e cooperativas, que permitem a integração de uma abordagem mais ampla, alertando sobre os direitos do paciente, como por exemplo – o fato de que a escola não pode exigir laudo médico atualizado. Por fim, os autores citam o educador Paulo Freire – “a escola deve ser antes de tudo, um espaço de respeito à diversidade e inclusão”
Ao longo de uma leitura leve e agradável, são apresentadas várias estratégias para lidar com o filho diferente. São ensinados o passo a passo para estimular funções executivas, por meio de jogos, estratégias de psico-educação, organização de memórias afetivas. São apresentadas a experiência da jornada aromática para gerenciar o estresse, promover o sono, melhorar o foco, proporcionar energia e bem estar geral e otimizar momentos de conexão. São também fornecidas dicas úteis no momento em que o filho adentra à escola, além de enfatizar a importância do reforço positivo, enxergando o filho, conforme suas potencialidades, sempre cientes e sabedores de que filhos de mães amorosas apresentam cérebros mais desenvolvidos. As mães são estimuladas a nunca desistirem dos seus filhos, pois elas são seu porto seguro, o amor maior, o olhar sem julgamento, o alimento da alma.
Como os filhos nascem e as mães renascem diuturnamente, todas são convidadas a resgatar o equilíbrio emocional, valorizando o auto-cuidado, a recuperação da auto-estima e o processo de auto aceitação. As mães são estimuladas a adquirirem informação de qualidade, a estudarem constantemente, a fazerem cursos, a frequentarem academias, a praticarem meditação, a empreenderem o seu próprio negócio e conjugarem o verbo amar-se, sem medidas e sem qualquer culpa!
Por fim, são instadas a se libertarem de conceitos tradicionais, analisando sobre suas próprias crenças, seu nível de julgamento, seu grau de empatia, sendo orientadas a elaborar diários para refletir sobre as expectativas da maternidade, inter-relacionando com outras mães, compartilhando experiências, ouvindo perspectivas e praticando a paciência e a confraternidade.
Enfim, uma leitura instrutiva, necessária, confortante e acolhedora!
"Maternidade Atípica” – uma jornada de amor, aceitação e crescimento
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