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Vida longa e saudável é garantida com a reposição de vitaminas e sais minerais?

  • Ions Med
  • 24 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

O consumo de vitaminas e minerais nas últimas décadas tem aumentado consideravelmente por múltiplas razões: proteção, prevenção, tratamento e o tão sonhado aumento da longevidade.



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Foi amplamente divulgado na mídia o caso de um idoso inglês, de 89 anos, que morreu por hipercalcemia, após consumir uma quantidade excessiva de vitamina D por vários meses. É importante lembrar uma das frases paradigmáticas do Paracelso de que “a dose faz o veneno!”



A tão propagada reposição de vitamina D não mostrou eficácia em prevenir fraturas, quedas, câncer, doença cardiovascular, diabetes tipo 2, asma e outras infecções respiratórias, segundo o artigo publicado no Lancet Diabetes Endocrinol em 2023 - “Vitamina D – 100 anos de descobertas, mas as controvérsias continuam”.

 

 Além da hipercalcemia e nefrocalcinose, novos e inesperados eventos adversos têm sido reconhecidos.  Segundo os autores deste artigo, a despeito da recomendação universal da suplementação de cálcio e vitamina D para prevenção e tratamento de osteoporose, ainda há dados insuficientes sobre a sua real eficácia e efeitos na prevenção de fraturas em grupos de risco.


Nesta linha, o artigo dos autores Soni MG, Thurmond TS, Miller ER 3rd, Spriggs T, Bendich A, Omaye ST, Toxicol Sci. 2010 Dec;118(2):348-55, intitulado - Controvérsias e perspectivas sobre a segurança de vitaminas e sais minerais, traz uma série de indagações. Muitas pessoas usam suplementos e alimentos enriquecidos com vitaminas e minerais, no entanto há evidência de que a suplementação pode exacerbar a ação das células cancerígenas em pacientes submetidos a tratamento oncológico e doses altas de beta caroteno e vitamina A podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares em mulheres fumantes.


No mesmo artigo, os autores alertam quanto aos riscos de toxicidade pela Vitamina A, manifestando-se com sintomas como: cefaleia, lesão de pele e hipertensão intracraniana.  Já para vitamina C, em doses tóxicas, são observados alguns efeitos adversos como: pedra nos rins, diarreia, descalcificação dentária e até interferência nos níveis de estrogênio (hormônio feminino) em mulheres. Já a vitamina E pode ter efeitos pró oxidantes em altas doses, interferindo em mecanismos como morte celular, competição e absorção de componentes fisiológicos.


De forma geral, nas pesquisas, o que se observa é que a suplementação de vitaminas e sais minerais em doses altas não parece ser benéfica e, ao contrário do que muitos propagam, há aumento de risco de doenças e mortalidade.


Por fim, fica o alerta de que:  Variedade, Moderação E Equilíbrio são os pilares na ingestão de nutrientes.

 

 
 
 

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